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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fim do Programa “Contra Informação” deixa um vazio na Satírica Política Nacional

Após 15 anos de emissão em que o Programa “Contra Informação” deliciou o País com o seu humor inteligente, caracterizado pela crítica e sátira política, inesperadamente, em finais de Novembro de 2010, José Fragoso, Director de Programas da RTP, decide-se a favor do fim do Programa argumentando que o formato do mesmo se encontrava esgotado.
Será que o referido formato estava mesmo esgotado?
Claro que não! Sejamos inteligentes e pragmáticos! Afinal tratava-se de um tipo de humor inteligente e perspicaz, onde em jeito de brincadeira se apontava o dedo e denunciavam situações delicadas da vida política/social nacional e internacional e, ao mesmo tempo, davam-se reprimendas subtis, a chamada “bofetada de luva branca”. Acontece que este tipo de humor nunca se irá esgotar enquanto os actores da política/sociedade nacional e internacional se forem “colocando a jeito”, existindo tantos “rabos presos”...
Em entrevista ao Programa “A Voz do Cidadão” da RTP, Mafalda Marques de Almeida, Directora da Empresa de Produções “Mandala”, responsável pela produção do Programa “Contra Informação”, referiu que em 15 anos nunca sentiu pressões por parte da RTP e que também agora, não acredita que o Programa tenha terminado devido a influências ou pressões externas.   
Reflexão:
a)    Atendendo às virtudes, ao espírito crítico do Programa, bem como ao facto de eventualmente incomodar alguns sectores da sociedade portuguesa, não terão realmente existido pressões externas?
b)    O argumento de que o formato do Programa se esgotou não será falacioso? Afinal como se situavam as audiências?
c)     Um Programa como o “Contra Informação” era pelas suas características e virtudes, uma referência e um património nacional na nossa programação televisiva e claramente serviço público de televisão! Com o final do mesmo, regista-se presentemente um vazio nacional ao nível da satíra política inteligente.
Porque nos retiram um programa de serviço público e nos impingem continuamente telenovelas e muitos outros programas fúteis, efémeros e medíocres?
d)    Onde está a responsabilidade social, cultural e pedagógica da Televisão Pública Portuguesa?
Filipa Bragança

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